Caim - José Saramago
E agora José?
Saramago, bombardeou de questionamentos as cabeças de leitores mais experientes e exigentes. De suas obras mais conhecidas, li A Caverna, O Ano da Morte de Ricardo Reis e Caim.
Caim ele escreveu com mais de 80 anos, com a ironia jovial e rebelde de um grande pensador. Poucos personagens biblícos, foram poupados. Claro que de maneira irônica e questionadora que é a tônica da narrativa.
Não configurando qualquer tipo de desrespeito. Saramago escreveu como um bom e ativo observador de mente aguçada e interpretativa.
Um livro de um pouco mais de cem páginas, que ao terminar de ler fica a pergunta.
Aonde mais beber dessa fonte? Criativa e instigante a esticar a alma dos leitores?
Aconteceu que ao ler a ultima frase desse livro, entrei na internet e lá estampava a manchete: Morre José Saramago.
Quero crer que esteja a discutir as escrituras com o todo poderoso.
O autor dessa obra conta a velha e já conhecida história de Caim, aquele que matou Abel seu irmão.
Deus perdoa Caim, de alguma forma seu pecado o eleva a condição de homem comum, e sendo assim ganha as vantagens de também cometer erros se arrepender e continuar sua vida pecando normalmente como todos nós.
A diferença é que a forma de Caim se redimir se torna mais um prêmio que um castigo.
Contada pelo próprio Caim, sua vida se transforma em viagens ao passado e ao futuro como se tivesse a tão almejada máquina do tempo.
Um dos melhores trechos da narrativa acontece quando Caim encontra Noé e sua familia, executando a ordem de Deus para construir a famosa Arca de Noé.
Se bem que o livro é todo recheado de melhores trechos.
Chega a ser hilário o transcorrer do episódio.
Paro por aqui, melhor é recomendar a leitura desse relato que é apenas mais um dos impressionantes, deixados aqui para nosso deleite e reflexões por José Saramago.
Leiam sem bater. ( empolguei com o livro Caim)
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